segunda-feira, novembro 19, 2007

quando o que você tem pra fazer é menos importante do que você não tem pra fazer.

Arranho a garganta de manhã. Só acordo mesmo depois que eu cuspo. Um catarro grosso e marrom depois de um pouco de insistência. Aí então posso começar meu dia: Café, cigarros, computador e outras mentiras. Fico de cueca o dia inteiro, me arrasto na casa e penso na bola da vez. Abro os livros e confirmo tudo: Desses aqui pega 3, começa com 3, depois vê. Depois, se der pé, você aumenta. Você não precisa resolver tudo agora. Tenha calma, é isso. 3 e depois vê. Então foi bem simples e fiquei sentado na janela vendo os caras que trabalham no prédio que tão construindo aqui do lado. Eles nunca param, isso é impressionante. 50 homens que nunca param. Qual será o problema deles, afinal?
Volto e dou meu blogue-tour. Porra. Ninguém atualiza as merdas dos blogues. Dos 30 que vejo, 3 no máx, são atualizados sempre. Saco. Meu amigo do blogue profundo não escreve há anos. Sinto saudades da raiva que eu sentia quando eu lia as merdas conscientes que ele escrevia.
Depois o outro giro de sempre: bunda nova, bunda velha, etc. Lembro da conta e pago a conta. Pena não poder andar de cueca por aí. Seria ótimo. Cada um de nós com uma única peça. Seria fantástico. Só gente de cueca em todos os cantos: bancos, teatros, parques, etc. Seria bom e bem mais simples. Na verdade tenho uma preguiça terrível de me vestir então sempre faço isso por etapas. Um cigarro e separo a calça, um e-mail que respondo e ponho as meias. E por aí vai. Chego a me trocar em 9, 10 etapas. Tudo bem devagar e com cigarros no intervalo. Uma maravilha.
Dou uma conferida no jornal que agora voltou à rede. Vejo lá as coisas e xingo mentalmente 3 ou 4 coisas que leio alí. Jornal tem umas manias estranhas. Acho que é sempre uma tentativa de furo, sabe? Todo jornalista escreve como se fosse a notícia mais importante do mundo. E nunca é, claro. As coisas importantes nem tão no jornal, não nesse pelo menos.
E agora descobri essa maravilha de alguém mais desocupado do que eu. Sinto me muito feliz quando isso acontece. É sempre bom se achar melhor que os outros. Na verdade nem levo isso à sério, mas acho divertido escrever esse tipo de coisa. Inclusive é por isso que escrevo o que escrevo. Só por isso. Eu ainda me basto com minhas velhas conchinhas.