o dia em que lemos buk juntos.
Meus olhos ficando calmos. Vejo tudo e penso que não estou louco. É tão bom pensar isso. Faz sentido aquilo lá que pensei. Acho que é apenas isso que quero. Sou simples, como sempre digo.
E a gente lê junto. Só isso. Só lê junto. Todo mundo com o papel na mão. Uma cervejinha por sugestão que é porque faz mesmo sentido. Era o que eu fazia quando pensava que poderia estar louco. Mas hoje descobri que nem estou louco e que acho melhor assim.
O Bukowski que já tinha surgido pra mim. O Bukowski que saquei que seria bem compreendido por eles. Por eles que quero que gostem de mim porque gosto deles. O Bukowski compreendido na sua ternura louca e bêbada. Compreendido sem viadagem, sem sacanagem. O Bukowski bom pra caralho como é. Mais surpreendente e mais sensível do que imagina a média idiota de leitores de Clássicos. Etc. Tanto faz.
É que vendo, ouvindo e lendo a coisa eu vi que eu tinha razão. E eu gosto de ter razão. Não por nada, mas porque é bom e porque com eles, e só com eles, era importante que eu tivesse razão. Era a confirmação de que não é de um lado só. Porque tenho essa mania. Porque gosto de me sentir contemplado por quem me contempla. É meu velho sistema. Simples e óbvio. Previsível e encantador.
E a cada nova rodada era uma certeza que eu queria ter e tive. Teve uma hora que fiquei discreto e via os rostos dos outros. É como se eles concordassem comigo. Aquela merda toda do velho BUK é de uma beleza sem fim. E eles entenderam a merda e eles entenderam a beleza. Acho que eles entenderam tudo. E, nesse sentido, eu também entendi. Não estar só, as vezes, é tudo que se precisa.
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