sexta-feira, agosto 24, 2007

das 21:30 às 03:11.

Fora de si com a cabeça rodando no meio do asfalto.
As mulheres passam de mãos dadas com homens que nem olham nem reparam.
O mundo inteiro parece uma solidão sem fim.
Na rua tem postes bem distribuídos pelo espaço.
Na rua tem gente que ri fácil. É belo.
No bar eu e mais um que carrega um livro sobre a Jovem Guarda.
A lua é bela e eu sei disso sozinho.
Minha amiga me chama a atenção pra bela lua que perde seu encanto porque ela falou do que não precisa ser dito.
A rua fica deserta mesmo antes das 3:00.
Um cachorro para na esquina e rói um osso achado no meio dos plásticos.
É um cachorro que não late.
É um cachorro que não come os restos de comida de uma família completa.
Em casa a música e meu riso cínico.
Em casa eu estou livre dos outros que não sou eu.
Eu entro e cago com um copo de cerveja na mão.
Lá fora barulhos estranhos que poderiam ser tiros.
Lembro da garota bonita da peça de hoje.
Lembro das duas garotas bonitas da peça de hoje.
Lembro de mim mesmo:
Repito tudo pra mim mesmo:
O mundo é mesmo ótimo!