Eu não esperava que isso fosse assim nem nada. Eu nem esperava nada. Eu tava parado e ela falou comigo. Ela era bonita. Muito bonita se se pensar nas mulheres que aparecem no Coimbra. E eu tava no balcão, penúltimo ou ante penúltimo banco como sempre. Ela lá na ponta me sorrindo. Porra. Mulher bonita no Coimbra já não é certo. E sorrindo pra mim.
Até aí tem sempre um monte de gente maluca no mundo e ela podia ser parte dessa turma. Não sei, nunca se sabe. Mas seja como for ela veio. Sem nenhum esforço da minha parte.
Ela puxou assunto. Ela contou histórias. Ela insistiu. Eu fui bebendo mais e ela dizia coisas. Coisas que de modo geral me agradavam. Não sei: ela alí sendo simpática e eu usufruindo do álcool.
Seja como for ela continuou sua história por 1 hora. Eu mais ouvia do que falava. Era assim que devia ser. E foi tudo ótimo: as histórias dela e a merda da surpresa toda.
Mas aí, na hora dela ir embora (no meio de uma das histórias ela já tinha dito que teria que ir) ela me chamou pelo nome. Meu nome. Meu nome mesmo que acho que nem o Coimbra sabe. Ela disse, depois de dar tchau: eu apareço de novo Fernando. E foi embora com seu rebolado louco em direção à São Clemente.
Eu tomei mais uma. Tentei processar e não consegui. O Coimbra abriu a garrafa:
- Gostei da sua amiga...
- Eu também, Coimbra, eu também.
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