sábado, dezembro 01, 2007

sobre mim.

Não me fale nada que eu não entenda.
Prefiro sua palavra direta e certeira.
Não dê margem para que eu invente o que você não fala.
Minha invenção é sempre cruel:
pra ti e pra mim.
Diga sendo bem direta
que
eu sempre serei honesto.
O máximo que eu posso fazer é
responder
o que você não esperava
como resposta.
Mas paciência: eu já disse que não minto.
E por mais que não pareça
é mesmo tudo verdade.
Eu sei de coisas que não poderia
eu sei dos meus ciúmes infantis.
Eu sei de mim

que se repete
e sei de mim

que gosta
da repetição.
Nunca gostei de quem não sabe o que quer.
Nunca admirei quem acha que tudo pode ser
porque tudo é relativo.
Gente assim sempre me pareçeu desesperada
e desespero é curioso, mas raramente inteligente.
E admiro a inteligência que não se poupa,
admiro os vaidosos que se enganam.
Prefiro os idiotas convictos aos idiotas sensíveis.
Questão de gosto.
Sempre é,
não é?