quarta-feira, agosto 23, 2006

ironia

Daqui a pouco vou começar a me irritar. Eu me conheço e logo ficarei pensando em quem é a maldita Alice. E como sempre sou desconfiado vou achar que ela é alguém que já conheço e que tá me dando o golpe. Ou seja, querendo ou não, a Alice me engana. E me irrita.
Porque se ela não for ela e for um outro vou, sem dúvida, ter um ódio profundo de tudo isso. Mas o que sei eu de Alice? Nada de nada, mas deduzo que ela entende francês e que mora no Rio. Que ela gosta de teatro e morou na Bahia, mas até aí a gente inventa tudo e mente tudo e assim a gente segue porque, enfim, é melhor seguir que morrer.
Agora é a Alice e amanhã um monte de cretino vai inventar pessoas pra me enganar e pra me encher o saco. E eu vou dar tréla pros cretinos e vou provar meu veneno de inventar e enganar. Não deixa de ser um tipo de destino.
Alice surgiu e vou falar dela porque sempre há a bola da vez. Amor secreto, amor único, tudo passa, mas por agora minha única dúvida é se ela se chama mesmo Alice ou se isso é apenas mais uma prova do meu próprio veneno.