É o de sempre.
Eu chego em casa e deposito a cerveja na geladeira e ligo meu computador e ponho um CD e acendo um cigarro e cago e venho até aqui com a cerveja já aberta e acendo outro cigarro e começo a escrever.
Daí eu vou bebendo e fumando e pensando e fico assim, nessas de que só mesmo o álcool salva. Sei lá. E agora tem sempre o fato que me anda na cabeça ultimamente e que é o fato de eu ser um cara óbvio mesmo - e isso independente das gracinhas que possa fazer sobre isso. Não sei se gozo ou se morro.
Mas que isso se encerre aqui. Há ainda um monte de baboseira bêbada que virá por aí. Sempre vem.
2 Comments:
essa coisa que está na sua cabeça, de ser um cara óbvio, é bastante curiosa. porque o óbvio, aquilo a que nos referimos como óbvio, é no fim das contas muito óbvio apenas para aquele que assim diz, daí a necessidade de dizer. Não há de haver alguem ou algo que seja por unanimidade óbvio, e, por outro lado, para nós mesmos, somos sempre em alguma medida óbvios, porque estamos mesmo cansados dos nossos velhos macetes. daí fui ver o grande circo, e não achei que se tratava das mesmas coisas de anti cabaré postas de outra forma. há em anticabaré uma certa meta-teatralidade (em minha opinião muito bem costruída, dentro de um certo código entre os atores, um pouco jogando, ou pouco brincando, com a idéia de representar), que se aproxima do grande circo, por esse se estruturar a partir da noção de circo, fato que justifica e amarra as cenas - o personagem do renan é uma linha de costura trespassada numa agulha - (anticabaré não precisou dessa figura, unidade, para estabelecer as relações entre uma cena e outra). Mas no grande circo há um interessante esvaziamento completo desses que seriam os números circenses, e nesse sentido a peça é muito mais ousada e experimental, e blasé, não se preocupa em 'funcionar', como talvez o anticabaré se preocupe, acaba não se estabelecendo como circo, nem como teatro esse lugar. Por outro lado a cor única que pinta todas as cenas de números dentro de um circo retira tbm certas ambigiguidades que existem em anticabaré. E de todo modo grande circo propõe para quem assiste o acordo incõmodo de tolerar e gostar da peça na medida em que ela é intolerável e desgostável. ainda que a primeira fala da peça anuncie que o propósito de vcs, anticompanhia, é agradar, o que vemos em cena é um desejo louco por desagradar, ou uma crítica severa ao desejo louco por sempre estar agradando que predomina na indústria do entretenimento, no teatro, na gente mesmo, ou sei lá onde. ai me deu uma preguiça de continuar a escrever, é bom porque páro aqui e vou pensando se penso isso mesmo que escrevi. Beijo beijo
Que bom que falou do circo. Em certo sentido eu esperava isso, sei lá...também não acho que seja a mesma coisa e nem a mesma forma do anti cabaré, acha que só é farinha do mesmo saco...queremos fazer agora "a peça punk"...bem bem, gostei gostei...beijos e até...preciso saber de algo importante: você bebe? Rarará!
bjs.
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