quarta-feira, junho 13, 2007

doce inspiração.

Daqui eu te digo o que eu penso. Não se oprima por pouco. Saiba de si e viva em paz. É só o que podemos fazer. Não diga isso pra mim. Não por nada, mas não se preocupe. Eu não sou moleque. Não sou mesmo. Se eu quiser me enganar o problema é meu. Eu não preciso de você pra isso. Não pra isso. Eu me engano com que eu quiser. Pra ter um filho sim eu preciso de você. Mas, enfim, o exame deu negativo e não é esse o caso. Não mesmo.
Eu quero apenas o prazer disso. Eu não quero nada mais. To cascudo e não tenho medo de perder e garanto, e garanto mesmo, que se for pra perder eu já sei. Eu só vou me perder naquilo que me interessar. Não sou moleque, não nisso pelo menos. Sei lá. Talvez eu tenha voltado a minha boa arrogância dos 18 anos. Talvez.
Não sei se isso tudo mudou minha visão. Acho que não. Pra mim você ainda é o bichinho frágil que sempre foi. Mais ou menos canalha eu vou continuar te achando frágil. Seja pela consciência da própria canalhice, seja pela cegueira da mesma. Tanto faz. Tanto faz mesmo. Pra mim você ainda é o bichinho acuado que não se entrega e não se entregará porque tem medo de se perder. E se você é canalha é canalha por fuga e por essa minha psicologia barata. E acho que hoje você viu que essa minha psicologia é mesmo muito barata. Muito, e nada culta. E sim sim muito barata. Que seja. Não to nem aí pra isso, não pra isso.
To aí pro resto: pro resto que é toda mentira bem contada ou mesmo toda canalhice bem resolvida. To aí pelos sonhos todos e também por uns textinhos que eu escrevi por aqui e me agradaram. Até porque se eu quisesse a realidade eu teria feito jornalismo e não teatro, sabe? Eu sou um cara simples. De sim ou não. Um cara que não acredita em vítimas ou opressores. Acho que todos fazem e são aquilo que querem, seja lá como for, todos, na minha opinião são resultados de si mesmo, daquilo que quiseram, embora sempre haja a excessão eu confio mesmo é na regra.
Porque é a regra que me diz isso tudo. Não a regra do mundo ou da dita sociedade, não essa regra. Mas a regra que sou eu mesmo e minha capacidade real de realização, embora hoje eu lhe tenha confessado que eu sou, enfim, um cuzão. Tanto faz, meu bem, tanto faz.
E por tudo isso não aceito esse seu medinho besta, esse seu medinho que não é pra mim. Esse seu medinho que é seu e só seu. E que se assim é, a culpa é sua. Não pelos outros, mas por você mesma. Por você mesma que é assim porque assim quer, seja por ser 'cuzão' ou não. E isso é você. É você esse bichinho frágil que quer ser e que é. Esse bichinho que roda e não se encontra. Esse bichinho que me avisa o que não precisa avisar e que, assim avisando, prova pra mim toda a sua fragilidade.
Beijuca.
Pra que não haja dúvidas.
Rá.
F.