domingo, junho 17, 2007

Relatinho: Punhetódromo.

Em Copacabana há um punhetódromo que sempre via, mas que nunca tinha entrado. Ontem finalmente entrei. Tava eu e um amigo. E tinha sido uma pequena seqüência de derrotas: peça sem ingressos, comida bonita de longe e feia de perto, etc. Cogitamos em ir na Vila Mimosa pra coroar a derrota, mas pensamos melhor e como eramos apenas 2 desistimos. Num lugar como a Vila Mimosa, pra um cara que não come puta como eu, é sempre bom ir em turma.

O esquema do punhetódromo é simples: fichas. Tudo funciona com fichas. Lembro de três opções: 3 fichas para 1/2 hora na cabine de filmes pornês, 10 fichas para strip exclusivo durante 4 min. onde você pede e ela faz e fichas para os strips comuns. Cada ficha custa 1 real e vale 1 min no strip comum.

O strip comum acontece em um palco giratório com uma mulher no meio. Ao redor desse palco há várias cabines, cabines com portas e tal, onde há um vidro que embaça quando acaba o tempo da ficha. Há papel para a devida higiene e também um narrador de strip. Essa figura do narrador eu até conhecia de puteiros normais.

A gente comprou apenas duas fichas porque, enfim, não íamos de fato bater punheta ali. Entramos e vimos as fotos das mulheres que dançavam naquela noite. A grande maioria era bem ruinzinha, puta ruim tem seu charme, mas nem sempre. Dei uma olhada no local, vi as figuras que rodavam ali. Muitos velhos e também uns caras meio nerds. Isso mesmo: o esteriótipo dos solitários rondam ali. Quando ainda subia a escada vi um semi executivo com um laptop. Era um cara até 'bem apessoado', como dizem minha tias.

Iniciei os trabalhos e entrei na cabine. Nem fechei a porta com a mão porque fiquei com nojo. Apenas empurrei com o pé e deixei a porta encostada. Pus a ficha e o vidro desembassou. Quase um milagre.

Ela dançava e já tava nua. Não havia mais o que tirar. Era só ela e seu corpo. O palco girava e ela se posicionava para as cabines que estavam ocupadas. Deviam ter poucas cabines ocupadas. Em algum momento ela cismou comigo e começou a dançar pra mim. Achei que era coisa da minha cabeça, mas o narrador disse ' hum, parece que a Susan(não lembro o nome dela) se apaixonou pela cabine 8'. Era eu a cabine 8, ela de fato dançava pra mim. A dança era toda por um esforço de me mostrar as partes do seu corpo: cu, buceta, peito. Não é simples dançar e mostrar isso tudo. Não é mesmo. Mas ela conseguia, anos de prática.

Tem uma coisa dessas mulheres que eu acho absolutamente genial. É um troço que sempre tento falar pros atores. Elas, pelo menos as melhores delas, dançam te encarando. Olham mesmo. Te enfrentam. Elas são donas de si ali quando dançam. São elas que mandam, elas que tem o controle. Essa 1° dançarina tinha isso. Ela me olhava, mas olhava tanto e tão dona de si, que eu até tinha vergonha de olhar pras suas partes. Ficava tímido mesmo de focar cu, buceta, peito. Ela me olhava e ela sabia que me intimidava. Penso até que foi por isso que ela se 'apaixonou' por mim.

Quando o tempo tá acabando a cabine apita em contagem regressiva e, de novo, o vidro embaça misteriosamente. Eu coloquei minha 2° ficha de cara porque, apesar de tudo, sou um moralista que quer uma família margarina. Me encanto com essa coisa mundana dos puteiros, mas desse jeito meio pseudo antropólogo babaca, que é uma merda de um jeito, mas é isso aí.

A 2° dançarina nem me impressionou tanto e tinha uns peitos muito ruins. Peitos mastigados, segundo o meu amigo, e eu concordei. O curioso é que elas sempre tiram a roupa rapidamente, afinal há um monte de punheteiros em pré gozo na cabine. Acho que deve ser por isso.

Não me animiei de comprar mais fichas ou coisa assim. Fumei mais um cigarro ali, olhando aquele mundo, enquanto meu amigo gastava sua 2° ficha. A cerveja era até barata, 2 reais a lata, mas nem bebi nada. Enquanto eu fumava vi um cara tipo indiano(eu sei que indiano é foda, mas era mesmo um tipo indiano), de uns 30 e poucos que comprou quinze fichas. E ele comprou tranquilamente, como um bom consumidor deve fazer. Não havia nada de ridiculo ou decadente nele comprando as fichas. Era um cara um bem resolvido com aquela situação.

Pensei apenas que ele tocaria uma punheta realmente completa, pois 15 minutos de punheta numa cabine daquelas me parece ser tempo pra caralho.

5 Comments:

At 11:13 PM, Anonymous Anônimo said...

´´E MUITA PORRA PRÁ MEU GOSTO...
SEM COMENTÁRIOS....

 
At 12:17 AM, Blogger fmaatz said...

Pro meu também.
rarará!

 
At 10:59 PM, Anonymous Anônimo said...

RARARÁ,, TE PEGUEI, HEIN, GATO..VOCÊ NÃO IMAGINOU QUE PELO COMENTÁRIO PODERIA SER A VÓ ????

 
At 3:11 PM, Blogger fmaatz said...

Rarará!

 
At 1:16 PM, Anonymous Anônimo said...

Eu moro na rua desse punhetódromo e sempre quis entrar. Mas me falaram que não pode entrar de dupla ou trio. Po, o interessante era entrar com amigo ou amigos para fazer uma roda de bronha. Bater punha sozinho é mto sem graça...

 

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