Repito tudo de novo e conto as mesmas histórias. Pela décima vez pela milésima vez. Os otários estão sempre esperando uma chance. Os esperto estão de olho em que os pode ajudar. Gente de merda por todos os lados. Eu não quero papo. Não quero nenhuma histórinha que eu mesmo possa inventar. Tô fora disso. Eu não quero saber dessa gente que insiste que tem algo depois de tudo. Não quero entender nada porque eu não me importo. Se ela me diz bom dia eu digo adeus. Foda-se a ciência louca dos mal amados. Eu quero apenas meu nome gritado por alguém que me xinga. Eu quero essa gente triste que vê na tristeza dos outros o próprio consolo. Nada além. A vida passa lenta e cada um faz o que pode. Dia sim dia não. Qualquer resposta é pra uma pergunta que não foi feita e eu repito: na minha solidão eu sei de mim e não preciso de bestas pra me dizer o que eu sei. Eu não quero nada além dos gritos. Espero apenas ter dinheiro pra montar um bordel. Vou tratar as putas como nunca. Serei o gigôlo mais honesto de todo o oeste. E isso me renderá belas chupadas e funcionárias satisfeitas. Eu quero ser podre e lançar a merda pra todos que eu puder. Eu quero ser salvo, mas eu nunca salvarei ninguém. Quero ser um solitário na minha salvação. Quero berrar. Quero cair fora. Quero fazer de conta. Nada de gente me fazendo pensar nelas. Nem mãe, nem pai, nem amor. Serei o pior no reino da merda, serei um deus para os bons entendedores. Não quero gente pra quem eu tenha que explicar o que eu falo. Não espero sorrisos de mulheres vulgares, é apenas pra isso que eu serei dono de bordel. Serei o senhor das merdas e explorarei cada merda com o máximo de requinte. Eu quero ser cruel. Eu quero alimentar os animais com carne podre. Quero alimentar os famintos com essa carne. Eu não desejo ter pena, eu prefiro o desprezo. Prefiro o dedo na cara ao tapa no ombro. E, enfim, quero que tudo seja espalhado, que tudo seja confuso e sem definições, que tudo se imponha, que nada se abstenha, que a merda seja tão grande que não possa não ser notada.
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