grande-eloqüencia.
(minha boca pressente seu gosto. é um veneno doce. eu morro devagar.)
Todas as minhas revoltas,
todos os meus picos,
todos os meus delírios são pra você.
Você que é a louca necessária pra me estabilizar,
você que é meu enunciado da morte.
Que é a roda gigante parada por meia hora na curva mais alta.
Todos os meus argumentos,
toda a minha capacidade criativa,
toda a minha tendência de auto destruição são pra você.
Você que voa dentro dos seus próprios pensamentos,
você que é uma senhora do século 19.
Que é a única eternidade na terra, a única beleza do mundo.
Todas as anotações dos meus cadernos,
todas as minhas muitas últimas cervejas,
todo o meu atual excesso de cigarros são pra você.
Você que é a única rainha legítima do meu reino inventado,
você que é o maior clarão entre nuvens da lua cheia.
Que é o primeiro canto do galo à meia noite.
3 Comments:
O texto mais lindo que li no seu blog, uma da coisas mais lndas que vi nessa vida.
engraçado, né, faz tempo que escrevi esse...ah pensei que me lesse todo dia santo...rá!
nem todo dia é santo
nem todo santo é dia
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