Morro aqui e morro devagar. Não gosto dessa gente perto de mim. Essa gente amarela. Essa gente doente. Essa gente cagona. Morro bem assim, me matando devagar e perto das plantas. As plantas verdes que nunca admirei, mas que tem a virtude de não falarem e serem só plantas. Eu posso até mal trata-las que ela não reclamam. Até bicho reclama. Cachorro, gato, passarinho reclamam. Se duvidar até peixe reclama, um inferno. Então eu fico com as plantas. Verdes e idiotas como elas são. Melhor que essa gente amarela que olha pra baixo quando você pergunta se está tudo bem. Ou então, e isso é pior, quando lhe respondem olhos nos olhos, mas acabam cuspindo quando falam, uma desgraça. Gente cagona e que nem controla o próprio cuspe. Que se duvidar nem o próprio intestino controla.
Encontrei, ontem, um tipo amarelo desses. Não sei porque sai de casa. O amarelo ficou me contando as merdas da própria vida e queria me comover. Cada uma. Mania que esses amarelos têm de achar que a desgraça deles me interessa. Não interessa não, ô amarelo de uma figa - espero com força que você leia isso, já que sou covarde pra lhe xingar olhos nos olhos, até porque você é, infelizmente, o tipo que cospe quando fala.
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