quinta-feira, dezembro 08, 2005

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Meus olhos nublados sem saber o que pensar. A barriga cresce, e bebo demais e fumo demais. E ela nem tá aqui pra me encher, pra por juízo na cabeça, pra me deixar puto. Nem tá aqui pra que eu me sinta culpado e lhe de razão. E dormi pouco e não fiz café porque a azia já tá me mantendo acordado. E fumo um cigarro que já tá meio velho. Cigarro que deixo espalhado na casa pra necessidade de emergência ou preguiça.
Ela sumiu de novo, agora deu pra isso. Na última vez me deixou uns 4 dias sem saber de nada. Eu pensando pensando. Acendi outro cigarro que é pra ver se corta o amargo que a ressaca deixa na boca.
Queria falar umas coisas bonitas dela. Exaltá-la e me por pra baixo. Prefiro sempre pensar que ela é melhor que eu. Que no fim ela tá certa. Talvez. Não sei.
Gosto de pensar ela me salvando, me tirando da vidinha-oh!yeah! de ficar na auto destruição prazerosa e inconseqüente. O pior é que tenho um discurso todo articulado pra minha falta de medida, uma teoria toda linda de exaltação da vida pela destruição da carne.
A gente pega fogo. A gente gosta mesmo um do outro.
Mas ela não quer dar sinal. Não quer aparecer e tudo bem. Todos gostam de sumir pra variar.
Some, meu bem, some. Mas vê se volta, meu bem, vê se volta.

1 Comments:

At 1:41 PM, Blogger Camila Nhary said...

Ei, não sabia desse seu cantinho virtual aqui... passei muitos bons minutos te lendo. Venho te visitar mais vezes. E vou assistir Três, claro. Na verdade vou assistir Dois, porque o Marquinhos não merece! Beijos, Mila.

 

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