Não suma da minha vida,
fique por perto.
Me esculache e me mal trate,
nada disso importa.
Eu falo muito o que eu não penso,
falo pelo som das palavras,
pelo gosto do discurso.
Eu não quero espantalhos,
nem quero pinguins na geladeira.
As vezes um fim de tarde em silêncio,
uma boa companhia
e uma ou outra confissão.
O que importa a vaidade
e o receio?
Não assim, não agora,
não pra nós.
Meu peito inflado
não é de ferro.
Meus óculos escuros
não me protegem do sol.
Eu ainda danço,
assim, escondido,
mas danço.
Sem deixar ninguém ver,
mas danço.
Eu sempre dancei assim
e é só por isso
que eu danço agora.
Eu não quero a pista,
não quero o macete,
quero apenas uma noite agradável
de passeio
e de medos divididos.
Um vento no rosto
e uma visão do oceano,
a paz pode ser simples
e até compartilhada.
5 Comments:
Maatz, que lindo....
poderia fazer uma dupla com o teu, né não?
dance sempre. e que venham mais textos belos.
eu sempre danço, mas nunca confesso. sou discreto e durão.
então tá na hora de amolecer...
Postar um comentário
<< Home