segunda-feira, junho 18, 2007

porque me influencio.

Vamos trepar, certo? Aí a gente trepa e vê como vai ser. A gente vai ter que beijar. E beijo é sempre pior que sexo. É mais cruel. Sexo dá pra ter técnica, entende? Eu mexo ali, eu me esforço aqui, gastamos tempo fazendo o máximo possível. Sexo depende de mais empenho e suor. Beijo não. Sei lá. Mas tem beijo que começa bem e termina mal. Então não há solução. Apenas a gente pelado e se esforçando mais ou menos. Só isso.
Em princípio eu sempre quero agradar, entende? É muito conveniente pra mim te agradar na cama. Faz bem pro meu ego e talvez você espalhe por aí que eu trepo bem. E aí pode sempre uma louca me olhar diferente e pensar 'esse gordinho do caralho até que dá um caldo!'. Nunca se sabe. Quando me esforço no sexo é por isso. Pelo multiplicador da coisa. Uma mulher pode render duas, talvez até três. Mas a maioria só entra nesse mérito com duas amigas. Sabe como é? Faço meus cálculos pra me safar, ou seja, o de sempre.
Mas isso que parece até simples (quando leio pra continuar escrevendo) tem um risco. Risco de 1, eu e você treparmos bem pra caralho e sermos dois fodedores perfeitos e 2, os outros riscos que podem ser, a saber: 1, eu gosto e você não, 2, o inverso: você gostar e eu não, 3, os dois odiarem, 4, um dos dois achar que dá pra melhorar essa coisa. É foda. É foda mesmo.
Sempre tem uma merda de um risco pra se correr. O maldito cinema americano existe pra ensinar a gente isso, mas mesmo assim a gente insiste em negar. Merda de anti americanismo do caralho. O fato é que os caras são foda pra caralho e eu morro de inveja. Inveja é foda. Sempre.
Voltando ao assunto: tem também a coisa de amor ou de paixão. E se pintar. E se pintar assim, daquele jeito louco, aí sim, aí sim, vai foder tudo de vez. Porque essas merdas de sentimentos arrebatadores são foda. A gente tem aquela sensação, aquela sensação que é apenas uma descarga de endorfina, e fica naquelas, com cara de panaca e esperando o grande milagre do amor. Essa ideia de milagre do amor também é coisa de americano, mas não vou falar disso porque se não vai parecer que sou obcecado e não sou mesmo. Até porque adoro aquela cultura de lixo e escrotidão que eles propagam. É, eu sei, é foda mesmo.
Mas apesar de todos os riscos devo dizer que eu ficaria muito animado com uma paixão louca. Uma paixão, paixão mesmo. Dessas que podem durar muito pouco tempo porque se consomem muito rápido, sabe? Dessas sim eu até toparia o risco, tá ligada? Porque dessas eu posso ficar na merda depois, mas será isso: na merda depois da paixão. Agora correr o risco do amor. Do Amor 'a' maiúsculo talvez seja demais. O amor é muito pior, muito mesmo. Ele quer que a gente seja eterno e ser eterno é foda. Porque daí vou ter que pensar nessas merdas que eu faço sem ter medo de morrer. Porque se tiver amor eu vou ter medo de morrer. Você entende isso, não entende? Se tiver amor vou ter que zelar pelo futuro e tal. E isso, isso de ter essa dimensão da porra da vida toda, é um suplício foda, e diria até fodão, de carregar.
De forma que a gente fica assim. A gente trepa e beija e tudo o mais. E depois a gente pensa. Se a merda vier, seja de que lado, eu cuido da minha e você da sua. Agora se a merda for bem pior. Dessas quase incarregáveis. Se for dessas merdas gigantes de elefantes que voam ou de velhos que resistem à mais de 100 anos. Se for dessas, dessas que são mesmo enormes, aí sim, e só assim, a gente entra numas de carregar juntos. Combinado?