A lua enorme, o sorriso manso, olha prum lado olha pro outro e olha pra mim. Ri de repente, sotaque mastigado, casa de brinquedo e objetos de brinquedo. Uma música triste, uma música alegre, outra música triste e uma música em espanhol. Escreve, escreve, escreve. Desenha, desenha, desenha. Fala eu não quero, fala eu não posso, fala eu não consigo. Pensa, pensa, pensa. Nostalgia bonita, tristeza bonita, infância e mãe preta. Muito amor, muito medo, a vida dividida de todos nós. Café com comadre, beijo de desconhecido e punheta na rua. Pacote embalado, crepe e grampo, conteúdo frágil. Barulho de lápis, silêncio calmo, lembrar e esquecer. Torta de limão, bolo de côco, raiva de cachorro. Eu não sou eu, eu não me arrisco, eu não me afasto. Consulta dos astros, livros bem velhos, palavras antigas. Dicionário, dicionário, dicionário. Dez anos aqui, dez anos ali, o resto não sabe.
ÉTUDOSOBREMIMEMINHASMENTIRAS
Olhando pro nada eu chego quase longe. Eu não tenho todo esse interesse nas coisas que eu vejo nos outros. Eu entendo de inveja e de raiva. Eu entendo de ninharias e de apatia. Meu mundo é simples e eu poderia ser tranqüilamente um catador de conchinhas idiota e com pernas tortas.
2 Comments:
Poesia!
sim.
poesia e homenagem.
tentativas parecidas.
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