sábado, abril 29, 2006

http://www.cartunistasolda.blogspot.com/

Robert Johnson, by Krüger. Ele foi o cara que inspirou o fime "A Encruzilhada". Morreu cedo, se não me engano com 28 anos e é considerado um dos grandes caras do Blues. O Eric Clapton fez uma homenagem a ele e meio que reconstituiu sua vida num programa que vi no gnt ou multishow. O Clapton falou que, no inicio, achava que em suas gravações tinham dois violões, mas que depois descobriu era um só violão e que ele "tocava com as duas mãos...". Seja lá o que isso quer dizer.


Essas imagens peguei no blogue do Solda. O Solda é um cartunista da pesada da boa e cinza curitiba. Por acaso essas imagens não foram feitas por ele, mas mostram seu bom gosto. Ele é também poeta e faz parte de uma turma de bêbados profissionais da cidade. Se não me engano ele era tão profissional que parou de beber. Ossos do fígado...

o nome dessa imagem é: aula de datilografia...


O blogue dele é: http://www.cartunistasolda.blogspot.com/


"A VIDA É BELA
SÓ NÃO VALE
CHUTE NA CANELA"
solda


http://jasaqui.blogspot.com/

Esses 'desenhos' são de um maluco de Portugal que descobri na net procurando não sei o quê. O blogue dele é: http://jasaqui.blogspot.com/

o pecado mais original.
















guinness






tinto ou sangue?

terça-feira, abril 25, 2006

Roendo osso nessa vidinha yeh!yeh! que nem é tão yeh!yeh! assim. Gostava da idéia de casinha e de feliz pra sempre. Ainda gosto na verdade. A vidinha yeh! yeh! cansa como qualquer vidinha. Até a de casinha e feliz pra sempre cansa. Acho que quase tudo cansa. Mas agora não sei mesmo e fico esperando que algum morto venha falar alguma coisa pra mim. Talvez um defunto me falasse um negócio que fosse capaz de fazer voltar minha convicção de engolidor de sapo. No fim a gente só reclama do próprio umbigo, o que é aceitavél e honesto. A gente reclama de tudo, mas é nossa incompetência que está em jogo. Nossa tremenda incompetência pra quase qualquer coisa que exija compreensão de que nada é tão claro assim e que o fim de tudo não significa que tudo acabou.

segunda-feira, abril 24, 2006

Não sei o que pensar. Sei que não devia ser assim e queria que ela me falasse tudo bem. Mas não sei mesmo. Queria um monte de coisa, um monte de pau na mesa e um monte de estamos aí.

domingo, abril 23, 2006

Texto do Bortolotto.

VAI COLADO UM TEXTO DO MÁRIO BORTOLOTTO. BELO TEXTO POR SINAL. É BOM LER ESSA COISA NESSE MOMENTO. É, DE CERTA FORMA, UMA ÓTIMA MANEIRA DE SE ENTENDER O AMOR. SEI LÁ.


Meu amigo Picanha costuma bradar sempre que está bêbado “Tenho oito casamentos e nenhum funeral”. Estou no meu terceiro casamento. Meio esquisito isso. Principalmente porque sou um cara que não acredita em casamentos. Mas eu acredito em contradição, então acho que tá explicado, né? Minha primeira mulher era uma garotinha linda de 16 anos (eu tinha 22). Ela havia acabado de entrar na faculdade de Jornalismo. Ela me levava pra comer cheese-salada e eu costumava tirar as ervilhas do meu sanduíche e dar pra ela. A gente se sentava em cima do telhado de casa e ficava chupando manga enquanto “Rain Dogs” tocava sem parar lá embaixo. À noite a gente deitava no colchão velho no chão e ela me abraçava assustada com medo das ratazanas que costumavam andar sobre as vigas do meu quarto. Minha segunda mulher era uma garota linda professora de literatura que me levava bêbado até sua casa e me preparava um prato de comida de madrugada. Ela misturava tudo o que encontrava nas panelas da mãe dela, esquentava e me preparava um prato. Depois ela me emprestava sua bicicleta e eu ia embora de madrugada pedalando e levemente feliz. Minha segunda mulher me deu minha menina. E hoje minha menina tem 14 anos, e essa eu sei que é pra sempre, graças a Deus.

Minha terceira mulher é também uma mulher linda e tem os olhos verdes mais fudidos de bonitos que eu já vi. A primeira coisa que eu notei foram aqueles olhões verdes fixos em mim naquele bar em São José do Rio Preto há exatos 17 anos atrás. E hoje ela tá fazendo aniversário e não vai comemorar porque seus belos olhos verdes estão com problemas. Ela tá tratando e eu sei que vai ficar tudo bem. Ela anda um pouco triste e eu tento não ser o cara mais insuportável do mundo pra não piorar ainda mais as coisas. Eu sei que nem sempre consigo, mas eu me esforço. Minha terceira mulher prepara carne moída com arroz nos domingos que eu como com sofreguidão e gula, depois a gente deita no sofá e fica assistindo “Nova York contra o Crime”. Lá fora o mundo faz um bocado de barulho, mas a gente não tá nem aí. Acho que Deus reserva abrigos antibombas para imprudentes como eu. Às vezes a gente anda torto por aí e nem percebe que eles estão ao alcance de nossos olhos. E dos nossos corpos cansados. E eles nem custam tão caro assim.

quinta-feira, abril 20, 2006

Hoje o dia está bonito. Na verdade não sou de reparar na natureza ou essas coisas. Mas hoje eu vi o ceú azul e senti o ar gelado e fiquei contente. Talvez seja nostalgia da minha boa e cinza Curitiba.
Acho muito bacana essa gente que gosta da natureza e suas coisas, mas eu raramente me sinto assim. Não me chamem para atividades ecológicas ou coisa parecida que, provavelmente, eu não vou. Não por nada, mas porque não tenho nenhum prazer especial em estar na natureza.
É curioso porque quando leio histórias de homens em montanhas ou coisa do gênero fico achando que aquela vida deve ser um grande barato. Como se houvesse meio pra gente voltar a um estágio mais pleno e mais primitivo, tipo a idéia do zen-lunático do livro do Kerouac.
Acho que se fossemos mais macacos do que homens seria tudo melhor. Uma vida besta de plantar e comer. Mas a gente já tá no concreto há muito tempo e nossa coerência urbana é mais forte do que nossos 'instintos naturais'. Podemos até ficar felizes na Natureza, mas apenas por um tempo pré-determinado.

domingo, abril 16, 2006

Domingo de Pascóa

Lá por quatro da tarde fui almoçar no Shopping. Fiquei o feriado inteiro enfurnado em casa e fazia tempo que não via os rostos das pessoas. Quando saí pensei que devia sair mais, mesmo que pra miudezas, pois, afinal, é quase sempre bom ver gente - ainda mais quando elas não nos dizem respeito e não temos a obrigação de cumprimentá-las.

No Shopping vi todos e vi que a solidão no bicho homem é, de fato, um troço que permeia toda, e qualquer, vida. Era eu minha solidão habitual, de quem é jacu e mora longe dos seus; e a solidão dos outros que, embora estivessem acompanhados, estavam, na maioria, com seus olhos secos de quem não sabe pra que, afinal, serve a vida. Famílias grande compostas por diversos solitários.

O fato é que há um lado no ser humano que é de tristeza profunda e que, por mais boa vontade que haja, ninguém, jamais, entenderá. É a solidão do mundo que às vezes sentimos. Solidão que não é pra se partilhar. Que é pra remoer mesmo e ver que não há saída pra quem está vivo. Pra perceber que no fim de tudo seremos nós mesmos que sentiremos o frio da morte. A boa solidão é solitária, solidão a dois (ou a dez) é incompreensão de poetas medíocres.

Havia alguns grupos que pareciam esquecer que a solidão existe. Mas isso também é normal e até eu, um jacu perfeito, às vezes esquece. Mas depois volta sempre, volta sempre porque uma das desgraças da vida é justamente a ausência de sentido, o ''está tudo bem/está tudo mal". A seqüência terrível de ser ou não ser que é a vida. É, inclusive, por essas e por outras, que Sr. Shakespeare é genial. Mas isso não vem ao caso.

Ao caso vem apenas uma necessidade de escrever que forja um sentido pra vida. Ao caso vem o mundo em toda sua grandeza e miséria, vivendo sempre lado a lado, que é pra provar que todos somos merdas. Ao caso vem nós, o idiota que escreve e o idiota que lê, pra provar que a solidão existe e que no fim de tudo a gente morre um pouco a cada dia e muito a vida inteira. Seja lá o que isso quer dizer - afinal, infelizmente, não temos controle de tudo.

segunda-feira, abril 10, 2006

-!-

Há fases estranhas na vida. Fase que tudo falta, de desespero gratuíto. Li no Bortolloto um texto que ele fala de morar isolado, longe da zona rotineira. Sempre penso nisso: virar ninguém em algum canto de mundo, ficar lendo e escrevendo e tomando um porre eventual. Talvez seja pro tempo passar lento e a morte ficar mais longe. Não sei. O fato é que a vida tem dores terríveis, difíceis de explicar. As coisas rodam e logo serei o novo rei lagarto. Enquanto isso fico na casa verde olhando o teto e esperando que nada aconteça.
Isso que segue aí é uma canção do vinicius e do baden. Não consigo achar em lugar nenhum. O nome é "Além do Amor". Colei apenas a primeira parte porque a segunda tem mais a ver com o título, que não tem a ver com outras coisas.

Se tu queres que eu não chore mais
Diga ao tempo que não passe mais
Chora o tempo o mesmo pranto meu
Ele e eu, tanto
Que só para não te entristecer
Que fazer, canto
Canto para que te lembres
Quando eu me for

sexta-feira, abril 07, 2006

pois é...saco cheio é o mesmo que saco profundo?

O tempo inteiro pensando e não chego a conclusão.
A vida estranha como sempre na rotina estranha como sempre.
Não há saída e disso eu sei, mas até aí nada a fazer...é muita coisa que me deixa confuso, muita gente que fala e que não entendo.
É um saco, um grande saco. Um dia tudo o.k e no outro não. Maldita rotina de glória e terror. Maldita repetição daquilo que já conhecemos...mas é sempre assim e o importante, se existe, é ter coragem. Pra quê também não sei...mas é.
Coragem até pra ser a merda que sabemos que somos desde sempre...
Tudo segue e não há ponto de chegada. E se chegar rápido ganha é tapa na cara. Chegar mesmo é morrer e, como não é esse o caso, prefiro contiuar por aí.

Minha solidão e minha falta de aptidão para as coisas da vida. Eu não sou bom com gente. Sempre tentei, mas nunca fui.
Talvez seja minha raiz curitibana. Talvez não. Não sei.
Hoje não teve ensaio porque o gerador queimou e não havia luz. Tinha uma festa na Uni-Rio e havia alguns conhecidos, mas preferi não ficar porque pensava no constrangimento de estar ali.
Preferi ficar em casa e ler meu Diabo e minhas bobagens. E, no entando, eu gosto de gente, ainda que fique constrangido em festas e grandes euforias coletivas. Talvez seja por isso que eu prefira o Coimbra, que é um lugar pequeno e que quase nunca lota. Além de que em boteco ninguém insiste em conversar. Sempre há uma investida ou outra, mas todos entendem que, muitas vezes, as pessoas vão ali pra ficarem sozinhas.

terça-feira, abril 04, 2006

(...)

Uma pessoa que eu conheço morreu. Não sei o que pensar. Não conhecia ela tanto assim. Mas ela morreu e qualquer chance de conhece-lá melhor, já era. É estranho porque a morte sempre choca e, definitivamente, não há nada de positivo em nenhuma morte. Não há Poliana no mundo que consiga ver algum benefício em morrer.
A menina morreu e é terrível porque ela não devia ter morrido simplesmente por não estar na época em que a morte era mais esperada. Morreu assim de repente, como quem tropeça e cai e sente um constragimento, mas ninguém nota...claro que a dor da morte dela afetou muitos, amigos e família(até a mim que não a conhecia direito), mas o mundo continua e tá pouco se fodendo pra essa turma de 100, 200 pessoas que a conhecia.
Tudo é terrível quando pensamos bem e quando percebemos que a morte pega qualquer um. Ela morreu e não tem jeito. Quem sabe da dor é a família dela, os que, de fato, sempre lembrarão da tragédia de se morrer tão cedo e tão próximo. A gente não. A gente vai sentir e logo passará. Nossa é vida é nova e, ao contrário da dela, continua.

domingo, abril 02, 2006

Putaquepariu!

http://oglobo.globo.com/jornal/suplementos/segundocaderno/246671274.asp

AÍ ESTA O LINK PRA ENTREVISTA DOS 5 INDICADOS AO SHELL. VEJAM SÓ.
É MUITA BABAQUICE JUNTA. QUEM FALA MENOS MERDA É O ADRIÃO...E OLHE LÁ...EU NÃO ENTENDO NADA DO QUE ESSA GENTE FALA...ACHO QUE TODOS FIZERAM SUAS PEÇAS COM PATROCÍNO GORDO E NO ENTANTO FALAM COMO SE TIVESSEM VENDIDO A CASA PRA MONTAR SUAS PEÇAS. FORA QUE REPETEM TUDO AQUILO QUE TODOS REPETEM PARA 'RECLAMAR' DO TEATRO. O PIOR É QUE TODOS SÃO MAIS INTELIGENTES DO QUE A ENTREVISTA. POR QUE, ENTÃO, NÃO FALAM COISAS MAIS INTELIGENTES? NO FIM, SOMOS TODOS CAGÕES...