ÉTUDOSOBREMIMEMINHASMENTIRAS
Olhando pro nada eu chego quase longe. Eu não tenho todo esse interesse nas coisas que eu vejo nos outros. Eu entendo de inveja e de raiva. Eu entendo de ninharias e de apatia. Meu mundo é simples e eu poderia ser tranqüilamente um catador de conchinhas idiota e com pernas tortas.
quarta-feira, dezembro 05, 2007
terça-feira, dezembro 04, 2007
coisa p/ revista.
segunda-feira, dezembro 03, 2007
sábado, dezembro 01, 2007
sobre os sonhos.
Então era simples. Era só eu me sentar na frente da tela branca e brilhante e esperar que os pequenos milagres acontecessem. Juntava umas letrinhas, fazias umas frases e terminaria uma história, uma saga, um romance. A porra toda eu seria capaz de fazer.
Eu teria um quarto bem bacana numa cidade a uns 50 km daqui. Seria uma casa de 2 andares e o meu quarto seria todo de vidro. Eu veria as árvores e os bichos e os passarinhos que eu só veria porque, graças ao bom Deus, o vidro seria à prova de som. Um silêncio de morte, belíssimo, que só seria interrompido pelos meus dedos nas teclas ou pelo isqueiro ou pelo barulho discreto da brasa do cigarro queimando no cinzeiro. As vezes eu poria uma música que viria de caixas bem distribuídas e embutidas no meu quarto transparente e limpo. Duas mesas largas e distantes uma da outra. Uma estante com poucos livros, só os da vez. Uma poltrona azul com uma luz grudada para as horas de leitura. E desse quarto, além da árvores e dos bichos e dos passarinhos, eu veria a estrada, de forma que eu sempre saberia quando alguém estivesse chegando.
Eu ficaria nesse quarto pela tarde e por um período da noite. Das 15:00 às 19:00 e das 23:00 às 2:00. Esse quarto seria chamado pelas crianças como o 'escritório do papai' e, alguns dias, elas ficariam na outra mesa desenhando e rabiscando papéis. O meu acordo com as crianças é que se elas quisessem ficar alí, teriam que ficar quietinhas. E de vez em quando eu olharia pra elas rabiscando e elas falariam: 'eu tô quietinha, pai' e eu diria 'eu sei, eu sei, mas agora eu quero lhe mostrar uma coisa'. E então eu mostraria umas coisas pra elas e as deixaria falar bastante e mexer nas coisas que geralmente eu não as deixava mexer. E teria dias que ficaria com as 3 alí e quando tivesse ficando escuro elas perguntariam o que eu achava de chamar a mamãe e eu diria 'ótima idéia' e nós 5 ficaríamos no quarto de vidro.
A gente apagaria todas as luzes da casa e ficaríamos deitados no chão do quarto de vidro e faríamos jogos de associação e cantaríamos músicas e inventaríamos histórias de terror. E a gente ficaria cansado de tanto falar e ficaríamos em silêncio por 10 ou 20 min.
Depois disso o do meio cochicharia no meu ouvido e eu diria 'boa idéia' e ele levantaria e elas perguntariam 'o que? o que ele vai fazer?' e eu diria que 'era segredo e que todos nós teríamos que fechar os olhos e deixar ele fazer o que tinha que fazer'. O do meio assobiaria o tempo todo enquanto fazia o nosso combinado, porque ele sabia que ninguém podia saber o que ele estava fazendo ou a graça acabaria. Isso aconteceria às 22:04. E às 22:06 o do meio viria eufórico pra perto de nós e diria: 'silêncio, silêncio, olhos fechados!'.
Ele teria posto uma ópera terrível, com muitas vozes e violinos agudos e aterrorizantes. Nós todos riríamos e ele insistiria dizendo: 'só não vale abrir o olho'. E a menor agarraria minha perna e a outra agarraria a menor e a mamãe abriría os olhos e me daria um beijo. E a ópera terrível acabaria e os 3 estariam dormindo sem terem sequer tomado banho.
Eu e ela os poríamos nas camas que ficariam no mesmo quarto, pois a gente sempre tinha achado importante que nesse início era bom que eles dividissem os espaços. 1 cama e 1 beliche. A parte de cima do beliche seria sempre revezada a cada ano.
Depois a gente desceria e abriria um vinho. Beberíamos 1 copo sentados sem falar e lambiscando um queijo e uns salgadinhos que eram das crianças.
Eu a convidaria para ir ao quintal e ela sorriria e daríamos as mãos e beberíamos o resto da garrafa no gargalo, tomando cuidado para não rir muito alto. Ela me falaria 1 milhão de coisas e eu só concordaria com tudo. Nôs beijaríamos sem muito tesão, mas com um prazer imenso de levar a vida que levaríamos. Fecharíamos a casa e iríamos pro quarto.
Eu escovaria os dentes e ela faria xixi enquanto ainda lembraríamos de umas coisas e riríamos. Ela tomaria 'uma ducha relaxante' antes de ir se deitar. Ela sairia com uma toalha enrolado no corpo e outra no cabelo. Diria que resolveu lavar os cabelos. Eu diria 'sim, sim' e pediria pra ela dormir nua do meu lado e com os cabelos molhados. Ela sorriria e viria até a cama e dormiríamos agarrados e sem fazer amor. Dormiríamos à 1:20.
De manhã eu acordaria antes e lavaria a minha cara. Quando saísse do banheiro eu a veria esparramada na cama e me juntaria à ela. A gente faria amor de manhã.
Apenas um pouco antes das crianças acordarem e se juntarem à nós.
sobre mim.
Não me fale nada que eu não entenda.
Prefiro sua palavra direta e certeira.
Não dê margem para que eu invente o que você não fala.
Minha invenção é sempre cruel:
pra ti e pra mim.
Diga sendo bem direta
que
eu sempre serei honesto.
O máximo que eu posso fazer é
responder
o que você não esperava
como resposta.
Mas paciência: eu já disse que não minto.
E por mais que não pareça
é mesmo tudo verdade.
Eu sei de coisas que não poderia
eu sei dos meus ciúmes infantis.
Eu sei de mim
que se repete
e sei de mim
que gosta
da repetição.
Nunca gostei de quem não sabe o que quer.
Nunca admirei quem acha que tudo pode ser
porque tudo é relativo.
Gente assim sempre me pareçeu desesperada
e desespero é curioso, mas raramente inteligente.
E admiro a inteligência que não se poupa,
admiro os vaidosos que se enganam.
Prefiro os idiotas convictos aos idiotas sensíveis.
Questão de gosto.
Sempre é,
não é?
sexta-feira, novembro 30, 2007
lembrança:

quinta-feira, novembro 29, 2007
uma amiga esperta me mandou isso:
Fê, seu merda, é simples... Se garante aí, que eu me garanto aqui, e a gente se garante enquanto nós... vc é meu anjo, e eu sou uma péssima pessoa a ser "protegida" pq sou prepotente e arrogante... e se mentimos ou não nada disso importa, pq todos mentem, ganha quem inventa a melhor historinha. No mais, só uma coisa importa, algo genial que vc escreve pq são três palavras só que não dizem nada além daquilo que todos nós precisamos todos os dias... SIM, SIM, CONTINUE!
E além de tudo, sei que vc mente demais, e assim mente a sua própria agonia... Eu não caio nessa...
http://www.mirancartum.blogspot.com/
É IMPRESSIONANTE COMO O MIRAN É FODÃO. PENA NÃO DÁ PRA COMENTAR NO BLOGUE DELE - NUNCA ENTENDI BLOGUES QUE NÃO PERMITEM COMENTÁRIO. MAS QUE ELE É FODÃO É. E O TÍTULO DADO POR ELE É:

(o pior é que eu me identifico com a galinha)
pra ela.
quarta-feira, novembro 28, 2007
Sensibilidade Matinal.
Merdas, vermes e merdinhas comendo as laterais do meu pulmão.
É essa a minha vantagem diante dos meus inimigos.
(inimigos? que inimigos?)
Eu rindo da minha cara inchada e raivosa.
Meu umbigo largo e cheio de suor.
(à parte)
E ando com uma preguiça cretina de tomar banho,
tá certo,
eu sei o bem que um bom banho me faria,
mas mesmo assim eu não tomo o bom banho.
Não nos últimos 3 dias, pelo menos.
Tirar a craca de suor que se acumula em minha barba me soa algo estúpido agora.
Acho que sou um cara passional,
pelo menos quando penso
nas justificativas que invento
pra mim mesmo
pra deixar de tomar banho.
'
E sinto essa coceira louca no pulmão.
É sim no pulmão,
pois posso dizer,
depois de anos fumando cigarrinhos
que sou mesmo capaz de reconhecer quando algo acontece ali.
Seja como for eu coço minhas costelas
e fumo de novo.
A gente combate o vírus com o próprio vírus, não é?
'
terça-feira, novembro 27, 2007
Dylan: a biografia

segunda-feira, novembro 26, 2007
Agora tenho mais trinta livros para ler,
mas minha alma continua embotada.
Minhas pernas insistem em formigar e
minha panturrilha esquerda dói.
No estômago uma pontada longa que eu
achei que passaria depois que comesse,
mas que não passou.
Chupo balas de caramelo para que o açucar me ajude,
deito com outro livro na cama
e meus olhos correm pelas palavras
e penso que ler é o que faço melhor:
sem pressa, deixando as palavras irem
ou entrarem.
Por causa do formigamento leio com minhas pernas para o alto
e nessa posição reparo
na grande massa disforme
que é a minha barriga.
Meus pêlos suados e meu umbigo enorme.
É difícil gostar de si em certa posições.
sábado, novembro 24, 2007
sobre você.
Gosto de você e da sua delicadeza. Gosto do seu desespero adolescente mal disfarçado. Gosto da sua insistência e também das suas loucuras todas, pois mulheres sem loucuras não me parecem mulheres. Gosto de poder te acalmar, de poder dizer coisas que te ajudam a seguir. Gosto de imaginar que isso seja verdade.
( E agora lembro que P., após nosso fim, começou a consumir as coisas que eu consumia e sempre falava pra ela. E lembro que quando eu soube disso eu fiquei muito feliz, mas, ao mesmo tempo, percebi como isso era maluco e não entendia porque apenas depois do fim ela resolveu me consumir através dos meus gostos. Coisa que se ela tivesse feito durante teria me deixado fascinado e medroso, que é como os homens ficam com certas atitudes. )
E por todas essas coisas tenho lá meu receio. Porque não tenho nenhum interesse em estragar sua vida. Há mulheres que eu magoaria sem muita piedade, mulheres que eu usaria por conveniência de homem que gosta de ter mulher por perto. Não tenho problemas com isso. Já fiz isso e não sinto culpa de magoar uma certa espécie de gente que existe aí. Tem gente que gosta de ser magoada para poder justificar a dor que sempre sentiu. Eu não me incomodo de alimentar essa gente. Não mesmo. Eu acho que faço o bem pra essa gente quando as magôo.
Mas seja como for não é esse o seu caso. Não quero te usar por conveniência. Não acho que você seja esse tipo de gente. Eu te imagino daqui a uns anos de maneira brilhante. Sacando quem é e com força de topar e encarar as merdas que caem do céu. Seus olhos, então, serão ainda mais bonitos. Sua pele estará melhor do que nunca e quando me encontrar, por acaso no meio da rua, você dirá: é verdade, você tinha razão.
sexta-feira, novembro 23, 2007
quinta-feira, novembro 22, 2007
Eu eu eu.
É bem simples. Tenho lá meus sistemas e minhas manias. Fico aqui. Faço o que faço aqui. É assim que eu quero e isso não é ser frio e sim ser eu mesmo e etc. Gosto de ser eu mesmo e disso todos sabem. Ou deveriam saber. Mas seja como for é o que é e prefiro assim.
Sou egoísta nesse sentido, mas nem ligo. Não por isso. Isso é meu direito de ser e de dizer dane-se. É claro que isso é também uma mentira. Como todo o resto pros espertos que sabem de fato das coisas que não digo. Mas seja como for é sendo falso que eu me prefiro. E que fique claro que levo minhas preferências à sério.
No bar sim a vida existe. Tenho que chegar lá pra ver qual é. Os bêbados de verdade tomam sua cachaça com limão. Tenho que chegar lá! Os caras tomam essa porra a noite inteira. É uma maravilha. Um mundo. Ficar bêbado com 3 reais tem lá sua esperteza. Eu sou o idiota da cerveja. Sempre fui e toda vez que me arrisquei com cachacinhas ou catuabas deu merda. Sou fraco por natureza. Mamãe e papai sabem disso e se preocupam também. Mas esse é o papel deles e tá tudo certo porque a gente se gosta e se dá bem e, por incrível que pareça, nunca minto pra eles. Tenho lá meu senso de justiça.
Mas seja como for importa que tudo tá caminhando com pernas tortas ou não. A gente segue e segue mesmo e , nesse sentido, eu sempre vou seguir. Não por nada. Não porque acredite num futuro melhor. Mas porque não tem opção mesmo. Ou segue ou morre. E definitivamente eu não quero morrer. Não mesmo. Continuo achando a morte uma coisa chata e sem porquê. E se matar pode ser até comovente, mas vamos combinar, que o suicida é um cara sem nenhum senso de humor. E gente sem humor é um saco. Minha conclusão fica: quem se mata é porque era tão chato e sem graça que só poderia mesmo se matar.
E tirando as piadinhas do texto e a vaidade de fazer essas piadas to eu aqui. De novo aqui. Sempre aqui. Eu eu eu. Sempre previsível e satisfeito. Sei lá. Espero que essa estratégia dê certo. É o que a gente sempre espera, não é?
E então, como tenho lá minhas necessidades, eu escrevo uma história bonitinha que inventei agora: no meio da rua o idiota pensa o que fazer. O brilho do farol do carro é tão bonito quanto o brilho do poste do outro lado da rua. Ele fica parado no meio da rua e o carro desvia dele. Ele acha que era o destino. O motorista do carro acha que ele era idiota. Eu, que via tudo, penso 'quem será que tinha razão?' Mas o Coimbra, que tá do meu lado, arremata: de noite sempre sobra culpados.
Eu concluo achando que o Coimbra é um gênio e que ele tem sempre razão.
Tô certo, não tô?
quarta-feira, novembro 21, 2007
Rascunho antigo.
horóscopo.
Nem agora nem depois.
Seja como for não gosto dessas coisas e coisinhas.
Prefiro eu de cueca, coçando o saco e vendo o pau mudar de cor.
A velha vida simples de um catador de conchinhas.
segunda-feira, novembro 19, 2007
quando o que você tem pra fazer é menos importante do que você não tem pra fazer.
sábado, novembro 17, 2007
17 de Novembro de 2007
Rio de Janeiro, Dia cinza e Bonito.
Estou sozinho depois de dias. Gosto de andar pra lá pra cá sem saber o que fazer. Coço a barriga, fumo um cigarro, coço de novo a barriga e cago em paz e de porta aberta. Uma maravilha.
Gosto de zanzar à toa e sair rapidamente pra comprar uma cerveja. Tudo bem lento e dependendo só de mim. A casa fica grande. Ando nu. Olho as paredes. Ponho um filme mudo que tem boa música ao fundo. Tudo bem lento.
Vejo o relógio. Posso decidir algo até as 20:00 ou mesmo desistir. É bom. Posso cozinhar calmo e sem pressa de comer. Só eu. Já são quase 19:00. Se decidir pelo sim terei que tomar banho as 19: 30. Mesmo na doce solidão tenho que reparar no relógio.
Mas enquanto isso fico aqui. Bem devagar. Vou e volto. Orkut, e-mail, projetinho di tinhatru, etc. As vezes é fácil se enganar. Sempre tenho 2 ou 3 idiotices importantes pra pensar. E sempre me basto. É essa a arrogância discreta que tenho: me iludo feliz e facilmente.
sexta-feira, novembro 16, 2007
C.
Agora tem uma louca aqui que fica falando coisas sem sentido e tudo que fala começa com maior. Ela faz interjeções e se mexe na cama enquanto eu escrevo aqui. A bunda impinada olhando pra mim e sorrindo enquanto eu escrevo. Ela pergunta porque eu to rindo e diz coisass como cortar o cabelo curto, bem curto que é pra ver se muda. A música tá alta e ela fica ali falando e falando sozinha, mas como se falassse comigo. Ela diz que não presta e sorri. Eu sorrio também. Ela quer que eu fale algo. Que eu seja algo. Ela dispara, se mexe, abre a janela. Fala e fala e fala. Banca a louca. Faz charme de louca. Ela gosta de saber que eu acho mulheres loucas. Ela se aproveita do que eu acho. (Ela olha pro nada deitada na cama. Ela olha muito tempo pro nada. Depois ela diz que o Cristo fica lá parado. Ela ri e resmunga mais e se compara com o Cristo que tá lá parado. Ela diz que acha o Cristo chato.)
Agora eu levanto a saia dela. Ela não reage e depois diz Fernando e abaixa novamente a saia que eu vou levantar de novo. Agora ela não abaixa, mas cruza as pernas em cima como se fosse Lolita e pergunta o que eu estou escrevendo. Eu tento olhar pra ela enquanto escrevo , mas nem sempre consigo. Eu olho pra ela e vejo ela. Ela rebola com a música. Rebola e fecha os olhos e sorri um pouco. Fica sem graça porque já entendeu o que eu estou fazendo. Não sabe se sim ou se não. Ela tá tímida, embora se esforce pra topar o jogo. É divertido de qualquer maneira. Ela para. Desiste. Não sabe o que pensa. Eu daqui faço minhas gracinhas e ela me olha sério como se pudesse enfim desvendar o que acha que poderia. Ela pega a garrafa e faz cena. Bebe no gargalo. Ela sabe da minha imaginação. Ela bebe lento e esconde o rosto atrás do travesseiro. Murmura mais umas coisas. Murmura e berra falando coisas que poderiam ser pra mim, mas que nem são necessariamente. Mulher gosta mesmo de sofrer, eu penso. Deliciosa que se esforça, eu penso. Ela pergunta o que eu estou escrevendo. Ela finge que não sabe. Ela me pede o cigarro que tá na minha boca. Ela senta no meu colo desajeitada. Ela fuma o cigarro como não fumante que é e diz que fuma o cigarro como maconha. Ela diz que travesseiro tá escrito errado. Vai na janela com meu cigarro. Faz pose na janela com o meu cigarro. Eu acendo outro. Ela fuma mostrando a fumaça; ela diz pra eu parar de escrever. Ela tira a calcinha. Ela ri. Timidez de esforço. É bom quando ela esquece. Esquece dela e ri. Esquece e ri. Sem melindres ela se expõe. Ela é uma menina como qualquer mulher é na hora séria. Semi nua ela fecha os olhos. Ela faz um gesto de quem me chama e eu não vou. Ela sorri e diz que saco. Ela ri. Mostra e não mostra e fecha a janela. A saia sem calcinha tampa. Ela de quatro se escondendo e sendo contraditória como deve ser. Põe o pé em mim que tá gelado. É louca como deveria ser. O bom é quando eu olho pra ela e ela se vende. Ela me ataca, ela quer que eu saia daqui e eu não saio porque assim que é. Morde meu pescoço sentando atrás de mim. Segura meu pau e faz pequenos sussurros de loucura medida de quem quer e não sabe. De quem imagina e não lembra. Esconde-se pra ver o que eu escrevo. Me puxa,
quinta-feira, novembro 15, 2007

VOCÊ SOME AGORA PORQUE VOCÊ SOME SEMPRE E PORQUE SUMIDA VOCÊ AINDA ACHA O QUE ACHA SOZINHA. VOCÊ GOSTA DE ESTAR SOZINHA NÃO POR SABER O QUE QUER, MAS POR NÃO PRECISAR SABER NADA E SER SÓ RESTO DE RESTO DE ABANDONOS. SER ABANDONADA É SEMPRE TRISTE. SER TRISTE É SEMPRE LEGAL NO NOSSO MEIO. PORQUE PARECE QUE É PROFUNDIDADE. É UM JEITO DE ADAPTAR. É UM JEITO MARAVILHOSO DE SE ADAPTAR. E SE ADAPTAR PODE SER NEGAR TUDO E DIZER 'EU NÃO ME ADAPTO'. É OU NÃO É FARINHA DO MESMO SACO? DECIDE VOCÊ.
VOCÊ QUE QUERIA TER CACHORROS POR SEREM MAIS SUBMISSOS, MAS QUE RESOLVEU TER GATOS POR SEREM MENOS AMIGÁVEIS. VOCÊ QUE INVENTOU SEU NOME A PARTIR DE UMA COMBINAÇÃO LOUCA DE ASTROS E ORIXÁS E SE REBATIZOU ACHANDO QUE SEU NOME MUDARIA TUDO. E NADA MUDOU E VOCÊ CULPOU AS CIRCUNSTÂNCIAS. AS SEMPRE E REPETIDAS CIRCUNSTÂNCIAS.
VOCÊ QUE SEMPRE GOSTOU DE VER OS FILMES ESTRANHOS E SEMPRE ACHOU QUE OS ESTRANHO ERAM MAIS AUTÊNTICOS POR SEREM ESTRANHOS. POIS HOUVE UMA ÉPOCA EM QUE VOCÊ PENSOU UMA COISA BONITA E MESMO ASSIM VOCÊ ACHOU QUE PENSAR ISSO ERA UMA COISA ADOLESCENTE QUE NÃO DIZIA MAIS RESPEITO A MULHER TRISTE E PROFUNDA QUE VOCÊ INVENTOU. SUA PROFUNDIDADE DE MERDA E SUA TRISTEZA PREVISÍVEL. CADA VEZ EU ME PAREÇO MAIS COM VOCÊ.
CADA VEZ MAIS VEJO SUAS PERNAS FINAS COMO DISTRAÇÃO DE HOMENS EFEMINADOS QUE SÃO OS HOMENS QUE VOCÊ GOSTA DE COMER. OS HOMENS MEIO BICHAS QUE LEVAM À SÉRIO SUA PROFUNDIDADE DE MERDA E SUA TRISTEZA PREVISÍVEL. OS HOMENS QUE VOCÊ IMAGINA QUE SERIAM A SUA MÃE SE ELA NÃO TIVESSE NASCIDO MULHER. SUA MÃE QUE, POR SINAL, ME PARECE SER VOCÊ EM TRAJES AINDA PIORES, COM MAIS ASPECTOS MASCULINOS E MAIS FUGAS FÚTEIS. SUA MÃE QUE AMOU DEMAIS PRA DESCOBRIR QUE O AMOR NÃO EXISTE. SUA MÃE QUE TEVE FILHOS E OS TRATOU COMO IDIOTAS QUE NÃO PRECISAM SABER DE NADA. SUA MÃE GOSTOSA E INDEPENDENTE. SUA MÃE CHEIA DE CORAGEM QUE TAPA O CÉU(REPARE QUE É O CÉU E NÃO O SOL) COM A PENEIRA.
E EU AQUI QUERENDO QUE ELA MORRA COM O MALDITO MEDO QUE ELA LHE FEZ SENTIR. EU AQUI ACHANDO QUE VOCÊ TALVEZ TIVESSE JEITO SE NÃO ACHASSE QUE REALMENTE A VIDA É RUIM. EU AQUI NUMA NOITE QUALQUER, MAS QUE NÃO É A MESMA NOITE DE ANTES. NÃO POR NADA, MAS PORQUE VOCÊ CONTINUA SEGUINDO AS ESPECULAÇÕES QUE EU ACHAVA. PORQUE VOCÊ É A COISA MAIS ÓBVIA POR TENTAR SER TÃO DIFERENTE E FORA DE PADRÃO. PORQUE VOCÊ SORRI POUCO QUANDO FALA DAS SUAS DESGRAÇAS. PORQUE VOCÊ CHORA PELA DOR QUE É SUA E QUE JÁ DEVERIA TER SUPERADO. PORQUE VEJO QUE VOCÊ NÃO SOU EU E PORQUE SEI O QUE SEMPRE SOUBE: VOCÊ NÃO SOU EU E NEM PODERIA SER. VOCÊ É A MULHER DE VIDRO COM OLHOS DE PEDRA QUE BRINCA DE BONECA PRA SE DISTRAIR.
quarta-feira, novembro 14, 2007
para os bem humorados.
terça-feira, novembro 13, 2007
de 12 pra 13.
o dia em que lemos buk juntos.
segunda-feira, novembro 12, 2007
domingo, novembro 11, 2007
sobre as mulheres.
sobre o alcóol.
sexta-feira, novembro 09, 2007
planos para sexta a noite.
quinta-feira, novembro 08, 2007
diversão de nerd -


ficando rosado

quarta-feira, novembro 07, 2007
e quem não for é mulher do padre.
E é com essa atitude pró que surgem um monte de ongs e instituições que pretendem ‘ajudar o próximo’. E é com o discurso do bom cristão que fazem várias canalhices. É quase clássico.
Muito se fala sobre as maldades cometidas e o bicho homem tem sempre aquela louca necessidade de explicar o mal. É só uma mocinha bem educada matar os pais e todas as teorias são formuladas. (E na verdade essa coisa de filho matar pai é muito antiga e comum e quase démodé). Mas de qualquer maneira é mesmo encantador imaginar a mocinha tão bonitinha chegando à conclusão fatal: ‘sim, sim, devo matar papai e mamãe’.
É claro que matar papai e mamãe é um exagero e tudo o mais, mas sempre há as pequenas maldades que são fontes de prazer. Fazer cachorrinho rosnar, queimar formigas com lupa ou pôr sal em lesmas são coisas que toda criança saudável faz ou deveria fazer. E acho que ninguém duvida que assassinos também sentem prazer em suas ações, ainda que a culpa possa aparecer depois.
Mas a propósito acho que todos já repararam que a moça que vende cerveja na TV é mesmo muito gostosinha.
terça-feira, novembro 06, 2007
Ps. Veja o anexo.
segunda-feira, novembro 05, 2007
domingo, novembro 04, 2007
Flap.
sábado, novembro 03, 2007
à uma moça deselegante.
Frase do Coimbra:
sexta-feira, novembro 02, 2007
pergunte ao querido fernandinho.
(acabei de reler e achei que é um texto messiânico da porra. dane - se. não é assim que funciona?)
porque escrevi essa frase numa carta e gostei.
quinta-feira, novembro 01, 2007
Diversão de Nerd: das boas.
minha vida é uma parada.
Faço agora esse versinho pop
que é pra ver se tenho ibope.
Falo o que sempre falo,
mas me esforço pra ter rima,
foi quando o sapato apertou meu calo
que vi que o buraco é mais em cima.
E agora noto que fugi da métrica,
e penso em como esconder esse erro.
Acho que é só puxar a puta pelo cabelo
e meter de costas na mesa de sinuca.
Melhor mentir do que estar morto,
sempre prefiro um bom fingimento.
um bloguezinho pra forjar um porto
e uma mulher generosa no meu apartamento.
Renatinho pode me salvar.
Caralho! Tinha escrito um texto manero. Desses que depois que escreve a gente lê e gosta. E aí, na hora de publicar, o blog pediu minha senha e e tentei voltar e era tarde demais. A merda do blog comeu meu texto. Já era. Nunca mais. Até arrisquei escrever de novo, mas nem rola. Ainda mais assim, um textinho corriqueiro que teria o nome de 'relatinho'. É uma pena, mas dane-se. Tenho coisas mais divertidas pra sentir raiva.